… a equipa estava mais uma vez “partida”. O grupo avançou, evoluiu e agora são mais os que estão capazes do que o número de lugares existentes na defesa das cores nacionais.
Chega-se aos grandes momentos, Europeu e Mundial, e a escolha só pode agrupar 4 atiradores por arma. O Europeu de Leipzig não foi diferente e, do Atlântico, partiram o João, o Pedro e o Ricardo ficando o Filipe e o Miguel.
A época tinha sido longa… muito longa mesmo. Com o Mundial no início de Outubro, a temporada 2009/2010 começou algures no início de Agosto. Alegrias e tristezas, ilusões e decepções, sucessos e fracassos acompanharam-nos como sempre… e trabalho… muito trabalho… sempre trabalho.
O Europeu de Leipzig estava colocado na recta final. A fasquia estava alta. Depois de uma época fantástica no ano de arranque do Atlântico, o 2º ano não tinha ficado atrás. 3 medalhas internacionais, 5 Títulos Nacionais - Equipas Masculinas em Cadetes, Juniores e Seniores e Individualmente em Cadetes e Seniores – consolidavam o Atlântico com uma história de presente e futuro.
O trabalho estava feito, a motivação era a de sempre e, a ilusão era o motor de um conjunto que acreditava nas suas capacidades.
A prova foi evoluindo, num caminho sinuoso composto de dificuldades e falsas facilidades. Com a primeira fase ultrapassada a 100%, o Pedro avançava directamente para o quadro 64, o João juntava-se-lhe com uma vitória no quadro 128 enquanto o Ricardo ficava pelo caminho num embate frente ao, posteriormente, consagrado medalha de prata.
Quadro 64, trabalhar, sofrer, trabalhar, sofrer, trabalhar… 7/6 e 15/14. Seguimos.
Quadro 32, trabalhar, sofrer, trabalhar, sofrer, trabalhar… 13/10 e 15/11. Seguimos.
Quadro 16, já só França, Itália, Rússia, Suíça e Portugal têm mais de um atleta em prova. Pela frente o Campeão Olímpico e o, posteriormente, consagrado medalha de bronze. Trabalhar, sofrer, trabalhar, sofrer, trabalhar… 8/15 e 10/15. 15º e 16º lugar entre os 114 atletas presentes.
Grande resultado. A cereja no topo do b… perdão. A Cereja no Topo do Bolo.
Mas o sucesso desportivo é apenas a “Cereja”. O “Bolo”… o “Bolo” é que é a nossa grande vitória.
O “Bolo” é:
- uma equipa de alta-competição composta por 5 atletas que treinam entre 15 e 20 horas por semana dos quais 2 concluíram licenciatura, 2 concluem este ano e 1 é, no próximo ano, finalista na sua licenciatura.
- um conjunto de praticantes de todas as idades que são capazes de se juntar para trabalhar (treinando muitas vezes cansados pelo ritmo do dia-dia e pela pressão escolar); juntar para se divertir (basta relembrar a tarde de Circo no sarau de aniversário); de acompanharem o percurso um dos outros (grandes e pequenos questionam-se e felicitam-se pelos desempenhos desportivos e escolares).
- Um conjunto de Familiares e Amigos sempre pronto para estar presente. Transportar, observar, acarinhar, ajudar… dia após dia, semana após semana, fim-de-semana após fim-de-semana… ano após ano.
- Um conjunto de ex-praticantes que, mesmo abandonando a prática desportiva, se mantém na vida do Clube.
O “Bolo” é tudo aquilo que cada um é. O que tem, o que aprende e o que desenvolve.
Para que serve uma Cereja no topo, se o Bolo for frágil?
… Boas Férias para TODOS.
Comentarios
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Praticar esgrima por aqui não é barato e é por essa razão que não o vou puder fazer.
Por outro lado, este diário, mostra-me agora uma outra vertente; funciona como que uma inpiração para aquilo que pretendo realizar no meu blog de intercâmbio.
Mais uma vez Obrigado, são estas palavras que fazem deste clube...especial