Integrar a Selecção Nacional é a ambição de todos os atletas de qualquer modalidade desportiva.
No caso da Esgrima, a escolha de atletas para integrarem nos diversos momentos as Selecções Nacionais já assumiu diversos formatos desde a livre selecção a cargo das equipas técnicas até à escolha numérica assente apenas nos resultados enquadrada por um regulamento próprio.
Hoje em dia vivemos um sistema misto. 1 atleta com base no Ranking Nacional, 1 outro resultante da vitória numa prova de apuramento e mais 1 ou 2 definidos pelo Departamento Técnico.
Apesar de não ser este o processo que considero ideal, este modelo intermédio contempla, na sua génese, um conjunto de premissas muito objectivas:
* Incluir o atleta que tem apresentado o melhor desempenho Nacional.
* Dar oportunidade através da prova de apuramento a classificar-se um atleta de rendimento idêntico ao nº1 do Ranking ou premiar um outro que naquele momento surpreenda os mais fortes e vença essa prova.
* Possibilitar ao Departamento Técnico desenvolver o projecto desportivo, repescando um atleta de nível superior que não tenha obtido o rendimento esperado na prova de apuramento, ou gerindo a construção do restante grupo de trabalho dando mais experiência a uns e a outros de acordo com a estratégia pretendida.
Sempre defendi que as escolhas Técnicas devem estar a cargo das Equipas Técnicas, que têm elas que ter a credibilidade para realizar as suas opções. É nesta credibilidade que tem que assentar a aceitação das escolhas e não num critério escrito que contente todos e que de facto não se apresenta como a construção de jogadores mas sim um prémio Internacional com base num produto Nacional.
O problema dos regulamentos é que têm entrelinhas, e quem se movimentar nesse espaço adultera os princípios e os objectivos do mesmo, enquanto que as decisões pessoais contemplam erros que são perfeitamente aceitáveis se cometidos na realização de um projecto sério e credível.
Seguramente que não foi "à toa" que o Sr. Scolari afastou da Selecção o Sr. Baía que, na minha modesta opinião, ainda é o melhor guarda-redes Português. Mas também foi sem o melhor guarda-redes nacional que fomos Vice-Campeões da Europa.
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