Sempre gostei desta data. Quando era pequeno sentava-me em frente à árvore de Natal a imaginar histórias com figuras que saltavam de bola em bola, contornando as tradicionais luzes e fitas que enfeitavam anualmente a nossa árvore.
A construção da árvore era um ritual sempre apetecido, retirando do alto da dispensa a "velhinha" árvore artificial e uma caixa atada com corda de sisal onde se guardavam os enfeites com as bolas embrulhadas em pequenos pedaços de papel vegetal, pois eram de casquinha, muito frágeis. A última bola a ser colocada era a grande bola prateada rodeada com um pequeno cordão de enfeite dourado. Esta representava sempre o grande "Castelo dos Maus". Também na caixa existiam umas pequenas molas de metal com uma argola no centro onde encaixavam umas velas fininhas e que teriam sido as luzes do passado. Embora nunca as utilizasse-mos, conferiam à árvore e à caixa de cartão o estatuto do tempo transportando o peso de muitos Natais, o que trazia ainda mais magia às histórias que proporcionava.
Depois fui crescendo e passei por todas as fases como os outros, mas a árvore de Natal, que já não é a mesma do tempo dos meus Pais, manteve sempre um encanto especial.
Hoje, com o Filipe e o Miguel, tudo ficou ainda mais mágico e a árvore ocupa um espaço fundamental no nosso Natal de 8 de Dezembro até ao dia de Reis em que a desmanchamos.
Não sei se consigo concordar com a frase popular - O Natal é sempre que um Homem quiser - mas não tenho muitas dúvidas que... O Natal é o que um Homem quiser.
A Esgrima é um bocadinho como o Natal. O sucesso de um atirador não acontece sempre que o deseja, no entanto cabe-lhe a ele (talento, trabalho e empenho) colocar-se em condições de o poder alcançar.
Feliz Natal
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