Porque é que muitas vezes o nosso rendimento efectivo difere das capacidades de produção nesse mesmo momento?
Estudámos para um teste. Estamos seguros na matéria... e o teste corre mal. Um nervosismo extra de última hora, um problema que sei resolver mas cujo resultado final teima em dar um número esquisito que seguramente não estará certo, o tempo a aproximar-se do final e ainda estão alguns grupos de perguntas por resolver (logo hoje que não utilizei a estratégia habitual de fazer primeiro o que sei e deixar para fim as questões onde tenho dúvidas), etc., etc., etc.
O "segredo" está seguramente no nível de auto-conhecimento de cada um e da capacidade que daí retira para antecipar e controlar interferências externas.
Todos nós reagimos de maneira diferente a uma determinada situação, mas mais curioso é que, muitas vezes, nós próprios interpretamos de forma diferenciada uma mesma situação pelo simples facto de a abordarmos em posições opostas.
Porque é que perante um resultado de 12/14 nos parece quase impossível vir a recuperar, mas com 14/12 favorável não sentimos a confiança de um jogo cuja vitória já não nos pode escapar?
Tal como na escola, onde muitos alunos se sentem mais inseguros quanto mais sabem, também no desporto a responsabilidade e o receio de falhar aumenta quando se pertence ao grupo dos mais evoluídos. No entanto é necessário não esquecer... quando se faz parte desse grupo, por muito inseguros que se sintam, acreditem que do outro lado o adversário não está a dar pulos de contente por vos ter encontrado pela frente.
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