A época caminha a passos largos para o seu final. O tempo voa e "em breve" uma nova época se avizinha. Sabemos das dificuldades económicas e das incertezas face à chegada de verbas e seu quantitativo. No entanto algumas questões se levantam. Como vamos fazer quando chegar o dinheiro? Qual o modelo? Dar continuidade ao modelo actual adaptando-o apenas à realidade das verbas? Pensar novos caminhos e novas estratégias?
Na minha opinião este é o trabalho de fundo que temos para fazer. De momento não há como avançar em nenhuma direcção. Há contratos para cumprir, projectos assumidos e inexistência de recursos, pelo que impera a gestão do bom senso navegando "à deriva" sem fazer muitas ondas.
No entanto, independentemente das condições que venham a ser criadas, é necessário traçar caminhos. Efectuar uma análise profunda da evolução da esgrima nos últimos anos, realizar um concreto levantamento dos recursos existentes e de necessidades, definir objectivos e hierarquizar prioridades.
Todos sabemos como a força da modalidade depende da excelência dos seus resultados. Sabemos também que essa excelência é medida em confronto internacional lutando entre os melhores de cada País. O que não podemos esquecer é que é necessário construir a capacidade de produzir resultados, fazendo crescer a modalidade e preparando os mais capazes ao longo do tempo com vista a colocá-los em condições de alcançar o alto-rendimento.
Chegou a hora de construir um navio sólido, atravessar o Oceano percorrendo toda a sua imensidão para assim poder chegar ao outro lado. Não somos obrigados a naufragar em jangadas de boa vontade...e o esforço dos atletas merece o melhor de todos nós.
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