Diário do Nuno
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Escrito por Nuno Frazão
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Domingo, 17 Março 2013 21:34 |
Tratava-nos por “Ó Velho”, no seu tom carinhoso escondido por trás de uma aparência austera, que era preciso aprender a compreender. Duro e direto era senhor de uma honestidade e verdade nem sempre fácil de encontrar.
Formou comigo, o Bruno e o Mestre Horvath uma família que correu mundo ao serviço da Esgrima nacional durante largos anos num percurso cheio de estórias e história.
A última vez que o vi estivemos sentados lado a lado na última fila de uma cerimónia de entrega de prémios de reconhecimento a algumas figuras do passado recente da Esgrima nacional, onde também ele fez parte da lista dos galardoados pelas suas funções como dirigente.
Relembrámos a nossa passagem pela a Argentina e o CD do “Caminito” que nos ofereceu como prémio pelas medalhas na prova. Recordámos o jantar dessa noite… e rimo-nos com saudade.
Saímos caminhando juntos. Ofereci-lhe boleia. Agradeceu mas não necessitava. Despedimo-nos e acelerei o passo.
Hoje partiu deixando a Esgrima Portuguesa mais pobre.
Até sempre “Velhão”.
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