Com a publicação do Calendário Nacional até Junho de 2014, a Esgrima Portuguesa confirma estar a viver a fase mais “pobre” da sua história recente.
Não sei de quem é a culpa, nem estou interessado em saber, porque no dia em que a modalidade que nos apaixona “acabar” não será a existência de um ou mais culpados que irá resolver o problema.
A Esgrima expressa-se nas mais variadas formas e, na sua vertente artística ou de prática informal, o seu futuro estará sempre assegurado com maior ou menor expressão, pois o teatro e o cinema continuarão a precisar dela para retratar os grandes autores e em contexto de lazer haverá sempre entusiastas da sua aprendizagem.
Mas como modalidade desportiva, “lutando” pela conquista de praticantes (num país de bola, numa sociedade jovem alimentada por consolas de jogos e internet, aliados a uma crise que afasta a carteira dos pais das atividades não prioritárias) para com eles construir uma equipa de competição com vista a Europeus, Mundiais e Jogos Olímpicos, a inexistência de competição regular é um passo seguro rumo ao fim.
Estas não são linhas contra a Federação ou contra a política do País, mas apenas umas linhas a favor da Esgrima. A favor desta modalidade que mais do que um palmarés reconhecido nacional e internacionalmente tem contribuído de forma determinante para a formação e desenvolvimento de quem cresceu competindo sob os princípios impares da Esgrima.
Não sei se será assim, ou se teria que ser assim, ou mesmo se deveria ser assim… mas se não formos novamente nós os Clubes a remar, este barco vai acabar por afundar.
Na vida há sempre duas posturas possíveis:
Uma, lamentar-nos daquilo que não temos.
Outra, agarrar naquilo que está do nosso lado e dar o máximo construindo o que for necessário para alimentar o nosso Sonho.
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