Já várias vezes o referi e sou acérrimo defensor do conceito – Se é verdade que ninguém nasce ensinado, mais verdade é que para que alguém aprenda, alguém tem que ensinar.
Ganhar experiência.
Expressão tão usual no mundo do desporto e tantas vezes desprovida do seu verdadeiro sentido. A experiência não vem com o tempo, se durante esse tempo… não se experimentar.
Este fim de semana alguns jovens atiradores puderam ganhar experiência respirando o ar de um palco desportivo de grandes dimensões, envergando as cores nacionais por entre as cores de outras nações, enfrentando nervosismos expressos das mais variadas formas, aplaudindo os desempenhos dos seus habituais adversários que hoje foram seus colegas de Seleção, recebendo as felicitações dos diferentes treinadores, articulando competição com momentos de estudo (que o período é de testes quase todos os dias), vendo ou estando em pódios observando o subir das bandeiras ao som dos hinos nacionais,…
… ah pois, quase me esquecia, também ganharam experiência na aplicação técnica e tática dos seus reportórios. Mas sem as aprendizagens do paragrafo de cima, a técnica e a tática, quando forem realmente postas à prova daqui por mais uns anos… nem chegam a aparecer, ficando abafadas por aqueles “pormenores do costume” que depois dão origem às sábias expressões:
“Não tem cabeça…”; “Fica sempre nervoso quando…”; “Não aguenta a pressão…”; “Não dá para conciliar com…”; …
Para que esta experiência promova experiência é necessária agora a reflexão conjunta e o registo daquilo que cada um sentiu, consolidando as aprendizagens e permitindo que o próximo momento seja um passo mais à frente.
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