… nos velhos tempos do “Diário do Nuno”, a jornada deste fim de semana alimentaria linhas de considerações, memórias, pensamentos e sentimentos…
Em termos de Sala de Armas do Parede FC um fim-de-semana cheio de boas indicações – 8 Atletas em Prova, 6 a passar a fase de poules e 3 no Quadro Principal. Jogos disputados no limite, com mais opções técnicas e tácticas, aproximando-nos da “linguagem” da Esgrima Internacional. Se juntarmos a tudo isto 18,3 anos de média de idades (não contando com a minha claro, que só lá fui fazer o gosto ao dedo), só temos motivos para acreditar que estamos no bom caminho e que o Futuro será seguramente de sucesso, assim continuemos a trabalhar com empenho e determinação.
Depois a análise global, juntando ao desempenho dos atiradores do PFC as performances de Joaquim Videira e João Cordeiro, com excelentes classificações entre os 32 primeiros, realçando o número de Treinadores Portugueses envolvidos na preparação dos melhores atiradores e a determinação que todos demonstram em querer fazer mais e melhor.
A nível pessoal, o facto de ter jogado de novo no Circuito Internacional foi uma experiência fantástica. Não que o tenha feito com saudosismo, porque a “carreira” de atirador tenho-a bem resolvida e tranquilamente encerrada, mas pela possibilidade de reviver o prazer de Competir. Quem gosta de Competir sabe bem o sentimento a que me refiro. Competir é muito mais do que a aplicação de um conjunto de conhecimentos, é o juntar todos os recursos que temos num contexto muito específico, tornando possível a superação. Trata-se de desafiar os limites e ultrapassá-los.
Esta minha participação deveu-se a um desafio dos atletas que acompanho. Para eles o meu especial agradecimento pela experiência que me proporcionaram (e já agora um agradecimento também ao atleta que cancelou a sua inscrição na 4ª-feira e abriu a porta à minha participação, já que me encontrava em situação de suplente).
PS – Memórias – No intervalo para o 3º tempo do jogo do João com o Zakarov, a vantagem 9/6 atirou-me 10 anos para trás para os Jogos Olímpicos de Atlanta onde, no mesmo intervalo, os números eram exactamente estes a meu favor frente a Zakarov. Pensei - “já vi isto antes…” na altura não segurei a vantagem e vi-me eliminado por 15/13. Ainda hoje tenho dias em que acordo a pensar nos dois brutais erros tácticos que me deitaram por terra aquele jogo e o Sonho Olímpico. Mas hoje foi diferente. Boa João.
Nota Pessoal – Em 20 anos ligado à esgrima nunca vi numa mesma geração (18/23 anos) tanto talento junto na espada. Acreditem e continuem.
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