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Um cheirinho... PDF Versão para impressão Enviar por E-mail

   Vim até Budapeste para 3 meses de Curso de Treinador de Esgrima. O que aqui vos deixo são apenas alguns excertos de um diário que já leva mais de 20 folhas de descrição, informação e reflexão. Este artigo pretende apenas mostrar um pouco do mundo onde estou e... a sorte que tive nesta opção.

(...)

"21/3

   …No aeroporto tudo tratado. Um jovem com uma placa International Coaching Course esboça um sorriso ao meu aceno e lá nos dirigimos para uma carrinha onde um velhote simpático nos recebe ajudando a arrumar os sacos.

      Chegados ao nº 13 de uma rua que ainda não sei pronunciar o nome, avançamos por um portão de acesso a um pequeno pátio com uma escada no topo da qual estava a porta do apartamento. Subimos e conheci o Gerry. Trocámos as primeiras palavras e fiquei a arrumar as minhas tralhas enquanto ele descansava no seu quarto.

 (...) 

23/3

   Ás 10h estava marcada a visita ao interior da Universidade. Um conjunto de edifícios muito ao estilo da velha série FAME, com um ambiente muito semelhante mas no âmbito do desporto enquanto, na série, o enquadramento era artístico. Tivemos então a primeira aula com a professora Susan Bandy, uma mulher de cerca de 60 anos (ou mais, que isto das idades nunca foi o meu forte), Americana, que viaja pelo mundo trabalhando nalgumas Universidades. Será a professora de Psicologia e Mulheres no Desporto. Falou-nos do curso, dos professores, da cidade e abriu o aperitivo para o que todos ansiamos – o início das aulas.

 

(...)

 

26/3

   Primeiro dia de aulas… tanto para contar, tanto para escrever… Isto é mais do que alguma vez imaginei. Tanto para repensar, reorganizar…  

Comecemos pela manhã. Despertar ás 8h00 e… ala para a Universidade para a aula de Húngaro logo pelas 9h30. Jo napot. Én Nuno Vaggiot, Én Portugal Vaggiot. Aprender uma língua nova… Bela experiência. 11h30 a Professora de psicologia para a primeira de 4 aulas dedicadas ao tema. Ás 13h30 conhecemos dois dos mestres que serão nossos professores. Mestre Bagnór de Espada – Não fala inglês utiliza um velhote simpático licenciado em agronomia como tradutor, Mestre Szerpasi O mestre do Sabre – Campeão Olímpico com a equipa Francesa e o atirador Lamour, por conhecer ficou o Mestre Lukovich do Florete.

 

(...)

 

27/3

   Acordámos ás 7h e lá seguimos para a faculdade. Subimos à pequena sala teórica por cima da sala de esgrima onde o Mestre Gabor Bagnór nos recebeu com o seu tradutor. Observámos um filme dos anos 70 sobre o ensino da espada na Hungria e depois vimos a parte da espada do dvd que os Mestres da universidade fizeram em Outubro. É super interessante pois a metodologia é igual à do Mestre Horvath e é tudo familiar.

   Ás 17h00 avançámos para a Universidade para apanhar os nossos sacos e seguir para a sala onde iríamos conhecer o terceiro Professor do Curso, o Mestre Lukovich.

  Lukovich tem cerca de 80 anos, um homem magro, alto e com um olhar penetrante. Fala arregalando os olhos e é muito dinâmico. O Mestre quere-nos a dar lições, ensinar a ensinar, fazendo-o a partir das nossas execuções. Pediu-me que iniciasse uma lição com uma iniciante e a interacção começou logo nesse instante numa participação activa corrigindo pormenores, pedindo soluções, sempre com um entusiasmo e uma dinâmica fascinantes. O contacto físico no auxílio do gesto são a alma do seu ensino explicou. De registar ainda a grande preocupação no realismo das acções do Mestre enquanto dá lição. A cada correcção que nos fazia melhorávamos logo a prestação do aluno. Saí encantado do Clube. O sítio que mais temia por diversas razões, até pela arma em si, apresentou-se como um dos locais onde tudo o que vamos aprender vai melhorar a nossa prestação. É um ensino de detalhe, privilegiando a perfeição e a comunicação entre o Mestre e o Aluno.

   Voltando um pouco ao nosso Ansião tradutor. De caminho para casa, ele acompanhou-nos até Moszkva Ter onde também apanha o seu Trólei, falou-nos dos 3 mestres que temos. Pudemos observar o orgulho e o conhecimento que tem de cada um deles, pois trabalha com eles há muitos anos. Lukovich foi professor dos outros dois, é o mais atrevido e brincalhão, Gabnór é o mais calmo, observador, metódico e Szerpesi é o sonhador, a paixão, o homem que viveu o sonho de criar um super campeão Olímpico – Lamour – e uma equipa de excelência e que transporta no dia a dia a alegria desse desempenho transmitindo-a aos seus jovens alunos. Parecem 3 mosqueteiros que se complementam nas suas personalidades e desempenhos. Quanto a Nós… somos apenas os felizardos que vamos aprender a partir deste trio e beber o que cada um tem para acrescentar à nossa formação.

   Ás 3ª e 6ª não estamos com os nossos colegas pois são os dias dedicados ás modalidades de cada um. Claro que há sempre alguém no Internet Café. Apesar disso estou agora em condições de dizer quem são. Das Maldivas temos o Faris, do Atletismo, com quem me saí lindamente na aula de Húngaro, quando nos foi solicitado um diálogo com as primeiras frases que aprendemos. Do mesmo sítio vem o Fazil, o pequeno ginasta de cabelo comprido, amante de trash-metal e baterista de uma banda desse estilo nas Maldivas. Da Tanzânia o Mussa, do Andebol, quase nunca o ouvimos falar. Da Libéria o grande Alan do basquetebol. Tem um ar divertido, passa grande parte do tempo livre no pc no Internet café, utilizando, tal como eu, câmara e micro para falar com o seu pessoal. Yu Fang da Malásia é do Atletismo (marcha) e foi Olímpica duas vezes. A Chiu é de Singapura e também é do basquetebol apesar de não ter mais de 1,60. O Ramuel de S. Tomé e Príncipe é da canoagem. Não está habituado aos kayaks profissionais, pois sempre treinou no mar com uns artesanais mais largos. O Rori é o party-boy das Antiguas & Barbados. Também da canoagem, os seus 18 anos e o estilo do Caribe não o deixam assentar. O Laszlo é o nosso Jamaicano de origem Húngara. Desenvolveu o Pólo Aquático na Jamaica, é o animador do grupo, sempre muito simpático e aglutinador. A Mariama é a futebolista da Gambia, pequeno país enfiado dentro do Senegal, na África Ocidental. O Gerry é o meu colega de casa e de modalidade (enquanto o Iraniano continua sem aparecer devido ás dificuldades com o visto)."

(...) 

 

... e porque nunca é demais referir - Muito Obrigado a Todos os que tornaram possível a minha vinda.

 

Vêmo-nos em Junho. Grande Abraço

 

Nuno Frazão

 

 

 

Comentarios (4)

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Que bom saber k estás mt bem por ai nuno!!embora as saudades já sejam enormes,é sempre bom ir sabendo 1 pouco das tuas aventuras e das boas experiencias por k estás a passar!! beijinhos e continuação de bom trabalho :p
Ana Celina , 04 de Abril de 2007
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Aproveita, fiz um intercâmbio na Hungria, percebo ao milimetro todos os relatos. Budapeste é uma cidade mágica com um cariz muito próprio
Abraço
Marco SCP , 06 de Abril de 2007
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nuno ja vi k esta td a correr bm
ainda bm pois foi para iso k foi
espero k kuando voltar, volte mt animado se possivel mais ainda do k é
avise continuaçao de boas aulas nuno
boa sorte
abraço
chico , 11 de Abril de 2007
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Olá Nuno,

Espero que esteja a correr tudo bem.

Grande abraço.
Miguel Andrade Gomes , 16 de Abril de 2007

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