Idolatrados ou deitados a baixo, os Grandes Campeões (aqueles que são Grandes bem para além da grandeza das suas performances) deixam-nos belas lições a cada oportunidade.
Para quem acompanha minimamente o Circuito Mundial de Ténis, Roger Federer e Rafael Nadal, são nomes bem conhecidos. O Suíço Federer, com 27 anos liderou o Ranking Mundial entre 2004 e 2008, vendo chegar o jovem Espanhol Nadal, 23 anos, a nº1 Mundial ainda em Agosto de 2008.
Federer e Nadal equilibram forças e dominam o Ténis Mundial, mas a História do Suíço estava “encravada” numa vitória que lhe faltava obter num dos 4 torneios do Grand Slam, mais precisamente em Roland-Garros França. Juntar ao palmarés impressionante de Federer, uma vitória em Roland-Garros, colocava-o na elite de sempre do Ténis juntando-o aos 5 únicos tenistas que tinham conseguido vitórias nos 4 torneios do Grand-Slam – Open da Austrália, Roland-Garros, Wimbledon e US Open.
Essa vitória chegou hoje. Numa altura em que muitos já o consideravam em queda, impotente face ao domínio de Nadal desde que subira a nº1, Federer deu uma demonstração de determinação e capacidade de sacrifício impressionantes e conquistou a prova que faltava no seu currículo. Como se não bastasse, a entrevista que deu no pódio (porque em Roland-Garros os finalistas falam para o público dentro do court após receberem os prémios) foi de uma humildade, só ao alcance dos grandes Senhores(as) do Desporto Mundial.
Mas não se pense, que na sombra deste fantástico êxito de Federer ficou um Nadal menos brilhante. Eliminado na 4ª ronda pelo Sueco Soderling, que hoje defrontou Federer na final, o Espanhol saiu de França de cabeça levantada e as suas declarações após a eliminação foram sempre de grande classe.
Tal como nas palavras de Joseph Rudyard Kipling, Prémio Nobel da Literatura de 1907, no seu poema “If”…
“(…) Se és capaz de encontrar o triunfo e a desgraça e tratar da mesma forma esses dois impostores; (…) Tua é a terra e tudo que há nela, e – o que mais importa – tu serás um Homem, meu filho!”
Porque a vitória não precisa de "pisar" ninguém, nem a derrota necessita de uma desculpa… uma Lição de Campeões.
Comentarios
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Are losing theirs and blaming it on you,
If you can trust yourself when all men doubt you,
But make allowance for their doubting too;
If you can wait and not be tired by waiting,
Or being lied about, don’t deal in lies,
Or being hated, don’t give way to hating,
And yet don’t look too good, nor talk too wise:
If you can dream – and not make dreams your master,
If you can think – and not make thoughts your aim;
If you can meet with Triumph and Disaster
And treat those two impostors just the same;
If you can bear to hear the truth you’ve spoken
Twisted by knaves to make a trap for fools,
Or watch the things you gave your life to, broken,
And stoop and build ‘em up with worn-out tools:
If you can make one heap of all your winnings
And risk it all on one turn of pitch-and-toss,
And lose, and start again at your beginnings
And never breath a word about your loss;
If you can force your heart and nerve and sinew
To serve your turn long after they are gone,
And so hold on when there is nothing in you
Except the Will which says to them: “Hold on!”
If you can talk with crowds and keep your virtue,
Or walk with kings – nor lose the common touch,
If neither foes nor loving friends can hurt you,
If all men count with you, but none too much;
If you can fill the unforgiving minute
With sixty seconds’ worth of distance run,
Yours is the Earth and everything that’s in it,
And – which is more – you’ll be a Man, my son!