Embora, em Portugal, já esteja em curso a nova temporada 2009/2010, o Campeonato do Mundo de Antalya veio encerrar a época 2008/2009.
Quem acompanhou o último mês e meio de notícias no nosso site, teve oportunidade de se manter a par do trabalho desenvolvido pelos atletas do Atlântico que estiveram envolvidos na participação Portuguesa no Mundial.
3 momentos de estágio, um em Portugal e 2 no estrangeiro (Espanha e Itália), intercalados por cerca de uma semana de treino em Portugal, passando pela realização da primeira prova do Circuito Nacional Sénior, onde o Atlântico conquistou Ouro e Bronze na Espada Masculina, e, já com o Mundial a decorrer, a realização da primeira prova do Circuito Nacional Júnior, com o Atlântico a repetir o Ouro e Bronze alcançado nos seniores, também na Espada Masculina.
Com a entrada no 2º ano de existência, o Clube Atlântico de Esgrima entra na segunda fase do primeiro de dois Ciclos de 4 anos, estruturados com objectivos claros com vista ao desenvolvimento e consolidação do projecto desportivo e com metas bem definidas para cada etapa, num caminho traçado até 2016.
Após um primeiro ano cuja prioridade foi a criação e estabilização das condições de trabalho e a consolidação dos desempenhos desportivos a nível nacional, este segundo ano tem como principal objectivo o aumento do número de praticantes.
Se as 103 medalhas, 8 das quais referentes a Títulos Nacionais, obtidas na época passada são sinal evidente da consecução dos objectivos traçados para 2008/2009, o aumento de 33% do número de praticantes, verificado no primeiro mês da época 2009/2010, são um bom indicador face às prioridades traçadas para esta fase.
Mesmo com o projecto a “navegar” a bom ritmo, estamos conscientes das dificuldades do caminho que temos para percorrer, até porque a ambição é grande e a principal estratégia de desenvolvimento visa a autonomia do projecto desportivo do Atlântico.
Não acreditamos no amadorismo, e estamos conscientes que o tradicional “carolismo”, tão característico de grande parte do desporto nacional, se numa fase inicial permite fazer nascer os projectos, também é “ele” que, mais à frente, os irá impedir de crescer e desenvolver.
Os projectos têm que criar a sua autonomia, encontrando na sua prática regular as receitas para fazer face às despesas fixas – Instalações, Enquadramento Técnico, Materiais de Iniciação, etc. – e, com os apoios que lhe são devidos – Governamentais via IDP, Federações e Associações – e Privados – Patrocínios – melhorar e desenvolver as suas condições de trabalho e prática desportiva.
O Clube Atlântico de Esgrima, nasceu para promover a prática da Esgrima e da Ginástica Rítmica no âmbito da Formação, Competição e Lazer.
É para nós primordial criar condições para que cada um encontre no Atlântico, a sua forma de estar no desporto, desde o simples praticante ocasional, até ao atleta de competição que tenta o “Sonho Olímpico”.
Este será sempre um projecto, que procurará ajudar os praticantes, a alcançar os SEUS próprios sonhos.
Não se pretende que esta seja uma escola de campeões mas sim uma escola que promova o desenvolvimento dos praticantes como desportistas e como pessoas.
Uns conseguirão chegar a grandes campeões (porque terão capacidades para o serem e trabalharão muito para lá chegar), outros serão “apenas” melhores amanhã, do que aquilo que são hoje (e desfrutarão de uma prática desportiva cheia de alegrias pela capacidade de auto-superação) e outros ainda passarão por aqui acumulando só mais uma experiência na sua vida.
Um dia, a prática desportiva de competição, também chega ao fim, pelo que não seremos atletas toda a vida. Mas como pessoas, iremos beneficiar de tudo o que o desporto contribuiu para a nossa formação e desenvolvimento. E isso… Isso sim ficará para a vida toda.
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