Já com 18 anos de Esgrima aproveitei as férias para reflectir sobre o meu percurso.
Um início como praticante a reboque do Pentatlo Moderno, uma participação no lado do ensino desde cedo "ajudando" o Mestre Grave dos Santos, o desenvolvimento do Desporto Escolar, a criação de Sala de Armas "própria".
Conheço bem o contexto da Esgrima Nacional - onde estivemos, o que somos e para onde queremos ir. Talvez seja por isso que sinto grande necessidade de traçar outros caminhos para a "minha" Esgrima. Claro que não sou dono da Verdade. Sou apenas dono da minha Verdade, aquela em que acredito.
Ainda me lembro quando, já no Parede FC, conseguimos reunir um espaço próprio com pistas e aparelhos montados em permanência e o nosso amigo Rui Belas, Esgrimista de longa data, me dizia. "Este era o sonho que tínhamos desde os tempos do Ateneu. Até parece mentira".
Hoje caminhamos para os 40 praticantes (números impensáveis para a maior parte das Sala de Armas), leccionamos cerca de 20 horas semanais, estamos on-line com um site com um número de visitantes invulgar, fazemos formação de agentes desportivos, participamos em exibições em eventos desportivos, proporcionamos a entidades externas a experimentação da Esgrima (Campos de Férias, ATL e Escolas) divulgamos a modalidade em grandes superfícies comerciais, temos sucesso desportivo, partilhamos conhecimentos com Clubes e Mestres estrangeiros.
Tão longe estamos do ex-praticante que se junta num pequeno espaço a ensinar esgrima a 2 ou 3 "carolas" que visitam as aulas de forma irregular.
Também nós sabemos onde estivemos, o que somos e onde queremos chegar. Pena é que, em relação às grandes estruturas de apoio, só tenhamos em comum o ponto de chegada - o Sucesso, "O Sonho Olímpico" - pois o percurso, como não é coincidente, tem que ser palmilhado "a sós" e "a pulso". Como alguém dizia "Estamos todos no mesmo barco, só que uns vão sentados lá dentro e outros vão pendurados do lado de fora".
O que aqui quero expressar não é o discurso do "coitadinho", mas sim deixar um aviso à navegação:
"Se tivermos que ir no barco pendurados do lado de fora não se preocupem... porque já começámos a bater os pés..."
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