À um ano atrás, também na noite do último dia do Nacional Sénior, o primeiro organizado pelo Atlântico, escrevi um artigo intitulado “MUITO OBRIGADO”.
Um artigo que começava assim – “Mesmo correndo o risco de, por força do cansaço do momento, me poder esquecer aqui de algum nome, não podia deixar de agradecer a TODOS os que contribuíram para a organização do Campeonato Nacional de Espada Sénior.”
Este ano não agradecerei individualmente ás cerca de 100 pessoas que colaboraram na realização do Campeonato Nacional de Espada Sénior 2010, porque o meu MUITO OBRIGADO vai muito mais além do que o “simples” agradecimento contributo individual. Este ano digo:
MUITO OBRIGADO FAMÍLIA ATLÂNTICO
MUITO OBRIGADO FAMÍLIA ATLÂNTICO por tudo o que conseguimos construir em conjunto nestes quase dois anos de existência.
MUITO OBRIGADO FAMÍLIA ATLÂNTICO por fazerem o muito esforço diário de tanta gente, atletas, treinadores, familiares e amigos, ser sempre recompensado com um sorriso e uma palavra amiga, nos momentos felizes e menos felizes.
MUITO OBRIGADO por este Troféu que será sem dúvida a Maior conquista de sempre do Atlântico – Uma FAMÌLIA.
Na esperança que a Federação Portuguesa de Esgrima reveja o regulamento recentemente publicado, onde os Clubes terão que pagar à Federação direitos de organização de provas, o que faria do Campeonato Nacional de Espada Sénior 2010, não o 2º Campeonato Nacional organizado pelo Atlântico, mas sim o último, me despeço felicitando TODOS os intervenientes por este magnífico espectáculo que foi o Nacional de Espada 2010.
Muitos Parabéns a TODOS.
Em Guarda. Prontos? CONTINUAR:
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O João Cordeiro não joga mais 30% que eu, muito menos mais 30% que o Candeias, o Arede, o Pequito, o Teixeira etc... Joga mais 1% ou mais 0,5% que estes. O meu ponto é que a diferença, este fim-de-semana, se fez numa percentagem muito pequena do nosso esforço.
O Atlântico fez, na espada masculina, 6 dos 8 lugares em meias-finais. Esteve a um toque de fazer 7 das 8 e a 3 toques de fazer 7 dos 7 lugares do pódio. Em termos desportivos, dificilmente seria possível fazer melhor. Mas, aquilo que se passou este fim-de-semana teve mais.
O Atlântico fez também o melhor campeonato nacional de todos os tempos. Fora das pistas estavam as bancadas repletas, o bar da mães estava sempre cheio, as autoridades locais compareceram para apoiar a realização do campeonato e para mostrar que estavam com o evento.
O Atlântico, que tem a maior equipa de esgrima lazer do país, apresentou duas equipas femininas a competição, ambas de lazer, e uma exclusivamente de mães. Uma masculina onde o Milharadas era o único com menos de 40 anos (mas para lá caminha), das três que apresentou a competição.
A apoiar a realização do campeonato, estava uma equipa de jovens das classes de formação do clube que cuidaram impecavelmente de todos os aspectos logísticos e uma vasta equipa de ginastas que colaboraram nos espectáculos da gala. Na verdade, o Atlântico é uma das maiores salas de armas da Península Ibérica e este factor contribui para a facilidade com que estas coisas acontecem.
Tudo isto deve ter custado bastante. Não se tem que fazer mais 100% que os outros que não são os melhores, mas sempre são mais 5%, em cada coisa, em que este fim-de-semana o Atlântico foi MUITO melhor que os outros. Estes 5% a mais em cada coisa, são resultado do brio que se coloca naquilo que se faz que, conhecendo-se as pessoas envolvidas, seria repetir algo que já foi repetido muitas vezes.
Mas o sucesso do Atlântico nas várias vertentes que falei acima não tem, de todo, paralelo nos demais clubes nacionais. Na componente desportiva, obviamente, estes 5% não se conseguem porque se quer. Agora, nas demais componentes, não há desculpa possível.
Só há pessoas com desejo de fazer esgrima de lazer em Cascais? De quando em vez, lá surge aqui e ali mais um, mas a frequência com que desaparecem revela que ninguém está a meter os 5% a mais neste campo, tirando o Atlântico. E a esgrima de lazer é uma componente muito importante da divulgação e no futuro da modalidade.
Todos nós gostaríamos de fazer todas provas como a do passado fim-de-semana. Porque é que não temos? Com os clubes nacionais que existem, não deveríamos ter direito a todas as provas fossem como foi esta? Em vez da Federação se preocupar com os direitos sobre a realização das provas, não deveria estar preocupada com o direito dos atletas a terem provas dignas. Deveria estar a incentivar os outros clubes a realizarem as suas provas, a meterem mais 5% na organização de uma prova que pudessem ter orgulho em chamar sua.
Voltando à parte desportiva, o Atlântico foi MUITO melhor que todos os outros. Mas, havia alguma razão para que não fosse assim?