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Matemática 15/Esgrima 14 PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Nunca gostei de Matemática. Ou melhor desde que lhe "perdi o fio" por alturas do 11º ano vi aquele que era um desafio interessante de resultado satisfatório transformar-se num verdadeiro diálogo de surdos. Verdade seja dita, escasso foi o esforço realizado para inverter esta situação, remetendo a contenda para uma luta sofrida mesmo para vitórias pela margem mínima.
Ao contrário do habitual hoje irei ocupar este espaço mais no sentido crítico do que reflexivo, não pretendendo no entanto "beliscar" a integridade dos intervenientes até porque, segundo a minha opinião, também eles são vítimas de uma teia para a qual não contribuíram nem com o fio.
Vamos então aos factos:
Jogava-se o Campeonato da Europa de Juniores do presente ano na mesma data em que estava agendada a segunda prova do Circuito Nacional de Seniores. 4 atiradores e um treinador, habituais competidores neste Circuito Nacional, viam-se assim arredados da competição por força das circunstâncias.
Quando saiu o Ranking verificou-se que tinham sido atribuídos aos 5 atletas "pontos de compensação", previstos apenas no regulamento de Juniores que diz que sempre que um atirador faltar a uma prova nacional, por se encontrar em competição internacional ao serviço da FPE, recebe pontos de compensação calculados pela média dos pontos obtidos nas provas até então.
Esta semana foram retirados os referidos pontos aos 4 atletas Juniores após informação, comunicada por Circular aos Clubes, onde se refere que após estudo aprofundado da Direcção da FPE se definiu que os pontos de compensação só serão aplicados aos atletas do escalão da prova à qual se faltou.
Não gostaria de me alongar muito sobre o tema até porque nada melhor do que cada um efectuar a sua própria leitura com base nos factos apresentados, no entanto gostaria de deixar apenas uma sugestão.
Não é necessário criar soluções para problemas que não existem, construindo regulamentações atabalhoadas de última hora com base em estudos aprofundados, que apenas vêm colocar em posição incómoda, sujeitos a comentários e interpretações duvidosas os jogadores que nelas se vêem envolvidos. Não queiramos ser tão originais construindo um sistema que impede à partida um atleta júnior de ser um dos primeiros do Ranking de Seniores. Até porque, se a falta foi a uma prova Sénior o motivo até foi uma Competição Júnior.
Neste momento nem se trata de opinar sobre a existência ou não de pontos de compensação porque, como diz o povo "Nem sempre 2 e 2 são 4" e o valor individual do Bruno, Filipe, Miguel, João e Pedro nem sequer está posto em causa.
Não brinquemos com os números, para não prejudicar nem os que jogam, nem os que se vêm impossibilitados de o fazer por estar em representação da Selecção Nacional.


 
O Lazer PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Formação, Competição e Lazer são as 3 grandes áreas de qualquer actividade desportiva.
Se em maior ou menor escala as duas primeiras lá vão sobrevivendo na Esgrima por esses Clubes fora a terceira - o Lazer - teima em não aparecer.
Sempre me custou a entender como é possível que a Esgrima não chegue de forma expressiva ao "Mundo dos Adultos" que, sem qualquer passado desportivo na modalidade em questão, teimam em ocupar o tempo a apanhar bolas do chão em qualquer campo de Squash ou Ténis ou mesmo em infinitas tacadas de golfe onde a bola insiste muitas vezes em retardar a chegada ao ambicionado buraco. Estes são apenas alguns exemplos, sem qualquer intenção de menosprezar as modalidades focadas, das inúmeras práticas desportivas no âmbito do Lazer, ao qual a Esgrima teima em não se juntar.
A Esgrima é um desporto para todas as idades. Se por um lado tem a vertente do jogo como principal interesse, oferece na aprendizagem dos gestos e na sua conjugação um excelente exercício adaptável ás diferentes capacidades Físicas.
Como já aqui foquei noutros textos o projecto da nossa Sala de Armas visa o desenvolvimento destas três grandes áreas e, fruto do enorme esforço de divulgação que fizemos, conseguimos aumentar significativamente o número de praticantes e consequentemente consolidar a existência da formação e da competição, fazendo paralelamente nascer o tão ambicionado grupo de Lazer.
Se dúvidas tivesse quanto ás capacidades da Esgrima no âmbito do Lazer, a satisfação demonstrada na prática da modalidade pelas pessoas que hoje pertencem a este nível de ensino no nosso projecto enchia-me de certezas. É um prazer vê-los experimentar, evoluir, trazer os amigos, os familiares e partilharem algum do seu tempo livre numa actividade desportiva tão completa como esta.
E como a Esgrima é uma modalidade tão especial, que até pode juntar no mesmo espaço físico a criança a imitar o Zorro, o futuro Campeão do Mundo, e o atirador de fim-de-semana, no fim de cada treino todos nos sentimos um pouco mais completos "bebendo" as características de cada um dos intervenientes.
É que ao lado de uma lição de iniciação pode estar a ser dada uma lição de competição enquanto que, se um corredor de Elite faz 30 minutos de corrida na companhia de um corredor de fim-de-semana... um dos dois não esteve a treinar.

 
Analisando as sondagens. PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
A última sondagem que lançámos na nossa página rodeava-se de um particular interesse, pelo menos para mim.
Mais do que reflectir sobre o valor da Esgrima Portuguesa nos dias de hoje tratava-se de ver qual a percepção que as outras pessoas têm desse mesmo valor.
Quem me conhece sabe que tenho alguma aversão à condução desportiva com base nos números, pois considero-os meros indicadores. A França jogou a prova de Espada dos jogos Olímpicos de Atlanta sem o nº1 do Ranking Mundial e não foi menos forte, a Húngara Nagy revalidou o Titulo Olímpico em Atenas mesmo após uma época sem nenhum resultado de destaque, o Suíço Marcel Fisher sagrou-se Campeão Olímpico em 2004 tendo apenas efectuado a sua qualificação para os Jogos na última fase de repescagem onde a 20 segundos do final perdia o jogo decisivo por 11/13. No entanto, reconheço que são os resultados que fazem a História e é a sua consistência que dita o poder desportivo das diferentes Nações.
O equilíbrio entre quem considera os resultados Portugueses nas últimas duas grandes competições - Mundiais de Seniores e Europeus de Juniores - inferiores ás suas possibilidades (50%) e dentro das suas possibilidades (50%) é no mínimo interessante.
Para responder à pergunta colocada é necessário saber onde está a fasquia. Qual o rendimento esperado e principalmente quais os factores que nos levam a criar determinadas expectativas.
É comum no nosso meio o seguinte tipo de expressão:
"Fui eliminado na Poule mas esta era muito forte. Tinha um Francês, um Alemão, um Italiano, um Checo que não jogava nada mal e um Maltês muito fraco a quem dei uma zerada".
Quer dizer então que, na nossa cabeça, existem os fortes (Franceses, Alemães, Italianos e mais duas ou três superpotências), existem meia dúzia de artistas salteados por Países de menor expressão e existem os Fracos. E nós? Onde nos colocamos? Bom, por esta análise, somos logo a seguir ás superpotências, aceitando a sua superioridade e permitindo apenas alguns desaires face aos tais artistas "avulso".
Os longos anos em que tive possibilidade de jogar por esse Mundo fora rapidamente me ensinaram que um indivíduo não é um bom jogador pelo simples facto de nascer em França ou Itália e muito menos está condenado ao fracasso quando desperta para a vida numa posição geográfica "esgrimisticamente" mais desfavorecida.
Conheço bem a maior parte dos Atletas que constituíram as nossas selecções nas competições em questão. Não tenho dúvidas do seu valor e muito menos do seu empenho e determinação para obter o melhor resultado possível. Mas estaria a mentir se dissesse que, de uma forma global, não considerei estes resultados como dentro das possibilidades actuais. E faço-o publicamente pelo respeito que me merece o nível que alguns desses mesmos atletas já tiveram e o talento que os mais jovens demonstram e que, com muito trabalho e dedicação, seguramente levarão a Esgrima Nacional bem mais longe.
Na minha opinião, pode-se treinar de muitas maneiras, jogar com os mais variados sistemas tácticos, competir aqui ou ali. O que não se pode é continuar a apagar a ilusão de quem tem determinação e talento, pelo simples facto de, estando ainda no início do percurso, ter a obrigatoriedade de produzir uma realidade que provavelmente... está mal aferida.
Os atletas da equipa Espanhola de Espada da década de 90 fizeram todos finais de Taças do Mundo, mas até ao Titulo Mundial de Pereira em 1989 os seus resultados eram bem inferiores. Provavelmente eles até já estavam preparados para render, só foi necessário... dar-lhes "espaço".
 
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