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Particularidades do Mundo do Desporto. PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Retirado das competições por opção própria desde o final da época passada deparei-me com uma realidade interessante durante a prova de Veteranos de Sábado.
Questionado quanto à minha não participação lá fui respondendo que ainda não tinha 40 anos, pelo que não podia jogar. Ou seja, para os Seniores estou "velho de mais", para os Veteranos estou "novo de mais".
As várias modalidades desportivas comportam diferentes realidades etárias. Na Ginástica um atleta é sénior aos 15 anos enquanto na Esgrima apenas atinge esse escalão 5 anos mais tarde. A longevidade competitiva também é bem diversa com larga vantagem para a Esgrima que possibilita inúmeras temporadas ao nível da alta-competição, enquanto na Ginástica um atleta com 20 anos está já em claro final de carreira.
No entanto, como se vê pela Fotografia, entre o jovem Tomás e o seu pai Bernardo existe na Esgrima uma "Idade Intermédia" meio perdida no tempo, onde se situam os superdotados tipo Kolobcov - Campeão do Mundo de Seniores aos 36 anos - e muitos outros que, tal como eu, estão a mais de um lado... e a menos do outro...

 
Elementos que não podemos controlar. PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Foi com alguma surpresa que assisti ontem na RTP1 por volta das 19h30 a um programa sobre o trabalho de José Mourinho como treinador. Imaginava eu que iríamos estar perante uma daquelas "vendas de imagem" quando me deparei com um programa estilo BBC, com um investigador analisando os diversos comportamentos do técnico enquadrado por um psicólogo especializado em comportamentos de liderança, a partir de uma entrevista directa com Mourinho. Um daqueles programas que, não fosse a dimensão do protagonista, passaria no Canal 2 lá para as duas e tal da manhã sem nenhum aviso prévio.
Bafejado pela sorte de me encontrar em casa naquele momento aproveitei para tirar alguns apontamentos.
A determinada altura o investigador questionou o Psicólogo quanto à obsessão de Controle de José Mourinho e da relação desse Controle com a sua Confiança. Ao que o especialista respondeu que o "segredo" de Mourinho, que se traduz numa confiança inabalável mesmo nos momentos de fracasso, é destinguir claramente o que é controlável daquilo que não o é. Dizia ele que o Técnico Português sabia bem que não poderia controlar - "...lesões, uma má decisão do árbitro, o tempo..." - e concentrava toda a sua energia nos pormenores que se podem controlar, aceitando o fracasso quando inevitável mas mantendo a sua Confiança intacta.
Partindo desta análise verificamos que muita da insegurança que transportamos nos momentos das grandes competições de Esgrima advém da tentativa de controlar o que não é controlável - o nível da Poule, o tipo de jogadores (altos/baixos; rápidos/lentos; canhotos/destros; punho anatómico/francês...), o posicionamento no quadro dos adversários que mais tememos, etc. - baixando os nossos níveis de Confiança quando estes factores não nos saem a gosto.
De facto, em competição, o atirador tem que confiar no seu sistema de jogo (com as várias adaptações segundo as características dos adversários), concentrar todos os esforços em tomar as decisões estratégicas mais adequadas a cada momento e consolidar a sua Confiança no Controle de todos os pormenores controláveis: empenhamento nos treinos, descanso adequado, alimentação cuidada, preparação do material e estudo das características dos seus adversários (prévio ou no local).
Quando conseguimos realizar todos estes passos estamos sempre na máxima força. Na melhor forma possível com as condições do momento, não baixando assim a nossa Confiança... com elementos que não podemos Controlar.

 
A alegria dos passos intermédios. PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
No trabalho de fim de curso, que desenvolvi no âmbito da Psicologia do Desporto, dediquei-me ao estudo da Tomada de Decisão na Esgrima. O documento final era composto por uma revisão de literatura, um trabalho experimental, uma análise conclusiva e uma proposta de continuação para a investigação.
No dia da apresentação do trabalho o Professor Sidónio Serpa, referindo-se à proposta de continuação de investigação, disse-me que tinha sido pouco ambicioso pois tinha proposto a continuidade do trabalho assente em instrumentos já existentes que me permitiriam apenas avançar uns "passinhos" que, segundo ele, eram bem mais curtos do que as minhas pernas. Dizia ele: "Caro Nuno. Na vida produzimos cerca de 70% dos nossos sonhos por isso... não te acanhes a sonhar".
O problema deste processo é que no caminho para o sonho vamos sempre ficando satisfeitos quando avançamos um bocadinho e é necessário estar atento para não nos acomodarmos.
Em 1989 o Espanhol Pereira foi Campeão do Mundo de Espada. Até então nunca tinha alcançado uma final numa Taça do Mundo e de repente estava na pista central ao lado da Elite Mundial. Eliminou o Francês Langlet, seguidamente o fenómeno Russo Kolobcov e na final inverteu uma desvantagem de 3/6 face ao Italiano Cuomo sagrando-se assim Campeão do Mundo.
Não tenho grandes dúvidas que, desde cedo na competição, Pereira teve que controlar o sentimento de satisfação para não perder rendimento a partir do momento em que o seu desempenho já se traduzia num resultado de excelência.
O Sonho está definido, o caminho também e assim como os momentos maus não serão mais do que meros obstáculos, também não seremos travados pela... alegria dos passos intermédios.
 
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